terça-feira, 8 de março de 2011

Um aperto.



É um aperto que se dá. Numa reacção fisiologia que me é alheia, sou inundada de sentimentos.

Gostavam que estes fossem apenas pequenas reacções químicas a decorrer nas profundezas do cérebro. Mas não, parece que toda uma fisiologia decide percorrer todos os órgãos do meu corpo, em uníssono, decidida a fazer-me sentir, seja lá o que for…

Às vezes bons e é bom tremer e sentir. Vibrar com algo fantástico. Ou delirar com algo ridículo. Às vezes palavras sem sentido, outras que apesar de não o terem são as que mais o tem. Outras, um olhar, um toque. O calor de alguém que passa na rua e nos toca, mesmo sem saber…

Mas quando é mau, é mau. Surge um nó na garganta, um aperto no peito, um laço nas mãos e uma corda nos pés, que roça na pele e arrepia.

E porque nada é simples. Porque muito pouco é como queremos que o seja. E como sentir me é alheio. É um aperto. Bom ou mau. Bom e mau.

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