
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
Li agora...

quinta-feira, 2 de junho de 2011
Ego.
terça-feira, 10 de maio de 2011
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segunda-feira, 11 de abril de 2011
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quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Demoiselle Francine.

Corpo esbelto e a sua alma parecia uma forte primavera. Contava já vinte, e sem saber, estava no seu auge. Irreverente, até revolucionária, mas sempre permaneceu pacata, alheia a tudo e a todos, ao mundo e ao que a rodeava. Era assim feliz, na maior das apatias. Pois tudo parecia sempre em movimento, tudo sempre a rodar, a rodar à sua volta. Viveu assim durante anos, treze para ser exacto. Depois deu um salto. Fortuna feita, foi passear pelo mundo, conheceu tudo e todos. Esqueceu todos, adorou tudo. Viveu como sempre desejou, ao máximo, sentindo o mínimo, para querer mais ainda. E quis. Mas depois voltou ao seu pacato lugar, instalou-se e novamente deixou correr a sua vida. Muito mais rica agora, mais cheia, mais cheia de cor e de texturas, cheiros e sabores. Lembranças, tantas guardadas, tantas já esquecidas…
E agora, no outono da sua vida, partilha o sofá com ele, Tolousse, o fiel amigo. Veio da Índia numa das suas viagens, e só ele a acompanhará para o resto da sua…
Um aperto.

É um aperto que se dá. Numa reacção fisiologia que me é alheia, sou inundada de sentimentos.
Gostavam que estes fossem apenas pequenas reacções químicas a decorrer nas profundezas do cérebro. Mas não, parece que toda uma fisiologia decide percorrer todos os órgãos do meu corpo, em uníssono, decidida a fazer-me sentir, seja lá o que for…
Às vezes bons e é bom tremer e sentir. Vibrar com algo fantástico. Ou delirar com algo ridículo. Às vezes palavras sem sentido, outras que apesar de não o terem são as que mais o tem. Outras, um olhar, um toque. O calor de alguém que passa na rua e nos toca, mesmo sem saber…
Mas quando é mau, é mau. Surge um nó na garganta, um aperto no peito, um laço nas mãos e uma corda nos pés, que roça na pele e arrepia.
E porque nada é simples. Porque muito pouco é como queremos que o seja. E como sentir me é alheio. É um aperto. Bom ou mau. Bom e mau.